Som na caixa

19.9.11

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2.2.11

carona. senha. nomes e telefones. coisas. pele. diminuto. inverso. cheiro. presilha. vôo. constato. siglas. calçada. dinheiro. vertigem. pus. santas.rodas. cordões. cortina. alvejante.purificação. partes. papel.ou de outra forma. pincel.carron. veiculo. vidro. gerânio. dança. ou outras tantas.

26.1.11

Não inequívoco, central. Que não se prolongue no justificar-se prova viva e irrefutável.
Que tal: circula o eu e deixa-o como moeda ausente. Depois se mescla e escala, plaina.
Sensível às temperaturas

20.1.11

Felippe

me fisga
o corpo dançando
jazz
frisson de conaissance
venha, fale de criatividade
desses portos e aventuras
de cidades que não habito
só imagino (forte)
nas suas descrições.

você me suga
e eu transponho
todo o esquema
you've got it.


Fe com seu óculos pop
no presente que não dei
(aquele relógio swatch)
e o cancelamento da viagem


é seu aniversário,
vc tem trabalho
e a gente quer gozo, já.
todos. já.
sweet.

ah,
se poucos ou quase ninguém
entende o pacote
que é o plano das idéias


impossível que o que vc chame brilho
naqueles músicos
não seja mesmo raiz e latitude
quando eu aposto em
tensões não diatônicas


repete:
mesmo que você não tenha
por causa de seu pai
uma guitarra
volto a prescrever
você ser músico

29.12.10

uma poesia relativamente antiga, que escrevi em Portugal

sob tudo o que desconheço
pousa meu olhar tácito
na procura do que possa
abranger a própria procura.

sob o que desconheço
meu olhar descalço
no que há de mim ávido.


eu, olho aberto
quero respirar
ao alcance das minhas mãos

quero tocar:
estar dentro das coisas
para ter pausa

deixar de ser olho,
ser coisa

(para acreditar
preciso estar)

um corpo que cumpre o seu estado

mais: ver sob todas as outras formas
de existência
as visões que desconheço

não há nada que eu entenda
a não ser próxima e subjetivamente.

olhos são sempre expansões,
deriva
vertentes onde ando eu ,ou você


OU

sobre o olho ser seletivo
ou o encontro de águas
nós próprios, países
ou coisas específicas
lagartos atingidos, a pedra ter peso

OU

A estréia de um pensamento 
seu espaço no universo físico
quais as micro ligacões
anteriores para que ele se apresente.
As pequenas intervenções
e as relações entre pensamentos
dentro do cérebro, quando convulsiona

24.12.10

o preço que se paga

Vários eus, muitos elos.Uma casa que não materializo. Zelo e desespero na escada, na entrada submersa reflito. Vários eus, muita gente de fora olhando sem interrogações à altura da minha loucura. Boicote. Suspensão.Cada um de meus pedaços desvia-se. Em diagonal, vejo a lateralidade dos sonhos-objetivos. No luto me refresco. Com sombras e deuses latindo. De onde possa ver melhor o amor.&,&,& divisão e euforia. Poucas vezes estive na zona de conforto. Conforto, para mim, é abraço. É onde desmonto(mãos nos cabelos). A cada passo intento estar (e sou) intensa.

15.12.10

subtração. entreato. escapismo.
(residência na névoa.)
muitos e muitos amigos.
nenhuma palavra que impeça.
sob a tortura do prazer
na impossibilidade de sair dele
para trás,
" é moralismo, é julgamento"
fuma, bebe, cheira, dorme de dia
" estou livre, estou bem"
na saia da mãe



obs: isso não é poesia. não dá para tirar poesia da preocupação.

17.9.10

texto de Ernani Fornari, escrito em Fogo Sagrado

O processo de maya- a identificação do complexo cinco sentidos mente/racional/ego com a impermanência da vida- acaba deslocando ilusoriamente o centro da nossa exist~encia para a periferia, criando "eus artificiais" ( complexos de corpos energéticos) que passam a funcionar como norteadores da nossa vida.
Isso produz internamente uma enorme sensação de vazio, de incompletude, que faz com que estabeleçamos nossa referencia no Fazer, ou pior, no Ter, que é por exemplo o que o sistema capitalista e seus merchandises e marketings procuram nos fazer o tempo todo, tornando-nos compulsivos consumidores de produtos, sensações e pessoas, num frenesi interminável e insaciável de busca de uma completude quye esta em nós o tempo todo.
O objetivo maior da vida, assim como o objetivo de todos os trabalhos terapêuticos e espirituais é nos reconduzir à consciência absoluta do Ser, sem negar a importância relativa do Fazer e Ter.

um poema de Ferreira Gullar

descubro a estranheza
do mundo
num jardim destroçado
da rua dos Prazeres
esquina dos Afogados

num relance, o banal
se revela denso e
os galhos as folhas
são assombro e silêncio

o que era segurança
se esquiva- perdido
falo: planta jasmim

mas a voz não alcança
o fundo do abismo

12.8.10

Parábula ( Botanica)

Remexo em uma cesta cheia de maçãs vermelhas e
verdes e redondas.
Ao final desta operação nada pode surpreender-me:
o que pesa entre meus cinco dedos é uma fruta
vermelha e verde e redonda.

Algumas vezes penso que lá no fundo, no mar das maçãs,
flutua uma enrugada chirimoya- ou um punhal ou
uma garota-
e posso arranhá-la com minhas cinco unhas durante
muito tempo.
Até que assoma outra vez sobre as águas: vermelha,
redonda, verde.

Outra frutas me são desconhecidas ou, simplesmente,
escassas.




Antonio Cisneros

18.5.10

Conversando com Sahyja sobre o novo som de sua risada, provavelmente pelo convivio com as amigas, respondeu-me ela:

MAmãe, este é a nova risada que se incorporou ao meu sistema de garganta!

15.5.10

Kaddish Berstein

    Olá, estamos na orquestra preparando o repertório para o concerto no Municipal, domingo dia 16, as 17 horas.
    Estamos tocando  Adagio de Barber,   e   a Sinfonia numro 3 , Kaddish  de Leonard Bernstein.
     Berstein sempre musicou  bem , em parte, suas músicas.
      Mas escreveu um texto que  está me indignando, falando com deus e sobre deus como se ele fosse o próprio.
   Qualquer pessoa que me conheça sabe que não sou de dizer amém  a tudo, não   sou  passível, estou mais para passional, e  que gosto de  acidez, e  esta peça opera assim.
      Concordo e acho que a arte inclui inclusive a revolta,  mas acho infrutífero o texto. Frases como  " Eu posso te ninar", e "deus, você esta sem fé",  sei la,  não acrescentam,  acho besteira mesmo.
   Para mim tem sido extremamente difícil estar  tocando esta peça, embora  goste de alguns momentos dela, visto que também na orquestração  tem  muito fortisíssimo, agudo,e  estamos todos ou quase todos usando tampões, é uma gritaria só.
             Lógico, com uma assinatura de peso. Também tenho muitas duvidas em relação a escolha de  Tiago Lacerda para  narrar o texto. Nada pessoal, mas preferia alguém  como Tony Ramos, não sei porque. rs
 O que acontece é que o escolhido fez amizade com o maestro, e deverá ocupar o palco junto à nossa orquestra outras vezes.

     Kaddish é uma oração judaica feita nas sinagogas em rituais aos mortos, porém , sem citar a palavra "morte".






Samuel Pisar escreveu um outro texto para a mesma musica de Berstein,


sapateado